30 março 2006

Missão: Ajudar



Rita Guerra esteve hoje em mais uma acção benemérita. Desta feita, dando o seu contributo ao projecto da RTP, "Missão Ajudar". Dedicada à terceira idade, esta edição do programa foi gravada no Tivoli. Rita cantou dois temas, a abir e encerrar a gala: "Secretamente" e "À Espera do Sol".


2 comentários:

Anónimo disse...

bem eu por sorte fiz zapping e apanhei ainda a ultima musica... :P so tive pena de uma coisa... playback...

ja sei das suas capacidades... porque playback??? explikem-me....

mas valeu a pena ouvir uma vez mais uma bela musica...e uma bela presença em palco...

BMA disse...

Olá!
São duas as ordens de razões para o playback, sendo certo que a Rita (e a generalidade dos artistas do seu nível, de resto) prefere, sempre, som ao vivo.
Numa grande variedade de programas (especialmente para efeitos de solidariedade como este era, mas há outros casos), não há verba para cachet de artistas. E se isso muitas vezes se contorna, com a voz a actuar de graça, já é muito difícil quando chega aos músicos, especialmente se pensarmos numa banda de seis ou sete instrumentistas, todos com agendas de trabalho e sem grande margem para acções pro bono. Infelizmente, os nossos músicos não têm tanto trabalho assim e às vezes não podem aceitar trabalhos de graça, porque também têm contas para pagar.
Além disto, cada vocalista tem os seus músicos "fixos", com quem as coisas já correm sobre rodas, graças à prática e à cumplicidade. Sempre que esses músicos mudam, é preciso ensair muito em conjunto para que as coisas saiam bem. E nem sempre há tempo para garantir isso.
Poderia, depois, argumentar-se que à Rita bastaria um piano, que ela própria tocaria. Mas o que as pessoas nem imaginam é a dificuldade de levar um piano para sítios que não o têm. O transporte, os seguros e a afinação custam caríssimo. Acresce que cada vez temos menos afinadores de piano a trabalhar em Portugal e também a sua arte, porque especializada, não fica barata. Tudo isto para dizer que, por vezes, o recurso ao playback, instrumental ou total, longe de significar comodismo ou facilidade, é a única forma válida para garantir a presença física de um cantor. Claro que poucos são os artistas que gostam disto. Mas às vezes, como diz o ditado, à falta de cão, é mesmo preciso caçar com gato...